4 de setembro de 2007

Criticas

O espaço está aberto para criticas e discussões sobre o curta.

3 comentários:

Anónimo disse...
Este comentário foi removido pelo autor.
Anónimo disse...

Olá. O filme me surpreendeu positivamente, gostei bastante! Sou suspeita porque adoro uma "subjetividade"... Adoro essa arte livre... Interpretações...
Pra mim, o filme foi muito claro!
Relação sede/seca/saudade corrosiva, muita água enquanto so se precisava de um copo da fonte certa. E mais tarde, talvez o mais terrivel, quando a moça sabe que pra ela a "fonte" secou de vez. Depois ela sai tendo que conviver com aquilo(queimada no ar),mas o faz de uma maneira diferente da dele.

Gostei bastante também da coloração do filme todo (mesmo nos momentos mais lúgubres)!

Gostaria de ter a oportunidade de vê-lo pela 2ª vez, e ver se tenho uma 2ª leitura, seria interessante.

Parabéns pelo trabalho!

Mariana Lodovico

Cora disse...

Olá Shareid,

Como a possibilidade de recortes é inúmera, vou pinçar o que acredito ser mais relevante e que, saltou aos meus olhos: o recorte pela dimensão patêmica, progressiva e prudente ao engajamento da subjetividade atrelada à narratividade, que, penso ser o que você tem pontuado, abrindo a discussões e mostrando-se mais preocupado com. Há no seu texto, elementos que estão atrelados a uma verdade a qual deseja construir uma semântica da dimensão passional, isto é, entendo sua narratividade, o seu texto, como a paixão não-aquilo que afeta o ser afetivo dos sujeitos “reais” mas, enquanto efeito de sentido inscritos e codificados na linguagem. Que é o que molda, em verdade, nós, virtual telespectadores. Isso de fato, faz-me refletir que, em linhas gerais, mergulhados em sua narratividade, somos convidados a re-fletir acerca da valorização desta ou daquela paixão, desvalorizar uma (seca – nada/ abundância/ tudo, abstinência, abundância etc, sei lá!!!), em detrimento da outra. Brincando com os exemplos imbecis e superficiais que acabo de pontuar, tais oposições semânticas, estão intrin-seca-mente (rs...) ligadas ao imaginário passional.
A metáfora fundamental (se é que ela existe) é à base do modelo da compreensão. S omos então convidados a sermos “pequenos cientistas”? Limitados, porquanto não considerados na relação do sujeito com sua comunidade (filme) via linguagem? Sinto a proposição de uma outra linguagem: o processo de sentir no psicanalítico. O aprofundamento da analogia e das metáforas, extremamente bem construídas em seus planos, permite delinear de forma bastante curiosa uma proposta que passeia da subjetividade ao equilíbrio dos já ditos.
A busca “pelo esmiuçar” de um texto, pela interpretação alheia, seja ele (a) qual for, tem exclusivamente o intuito da confirmação do SEU objeto (roteiro, narratividade etc). Será que tais reflexões não estão, contudo, à parte da arte?
A obra, ao fim, torna-se autônoma.
Não pertence mais ao criador.
Tem vida própria, fala por ela.
É o que se chama de arte pela arte?

Um abraço,

Carolina